quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Me atraio pelo que me atrai.

Gosto de framboesa, cheiro de laranja e textura de manga.

Conhecido e desconhecido, acima do que se vê, simples ponto de observação.

Carrega vida, carrega poesia, amor e ódio. Lado a lado.

Deixa rastros por onde passa e não faz isso. Na verdade, os rastros aparecem.

Poluição benigna que destaca, convida, defende, afasta, traz de volta.

Desperta ansiedade num suspiro. À mostra à procura de amostras. Sabe explicar um sentimento.

Um escudo invencível que tira forças da melodia, do matiz, da arte, do homem, da atitude.

Medo que aprende a adorar. Coragem que resolve atuar. Gestos são inteligentes. Palavras falam por si só.

Olhar-se no espelho é tão bom.

Os olhos que te olham.

Eu digo que quero, que vou, que consigo.

Perder o controle da situação nem sempre é algo ruim. Torna-se uma motivação que vem junto com adrenalina.

Uma boa dose de felicidade para o coração que já descansou por muito tempo, e quer amar de novo.

Vontade de levantar da cama pulando, quase esquecendo que estava dormindo, que o corpo repousava. Quase se esquecendo disso... afinal, a espreguiçada também é uma coisa tão gostosa.



Um pouco de café dando contraste na louça branca, apoiada no guarda corpo da varanda, naquela manhã nublada e quieta. E foi quando meus seus braços não mais tremeram e se entregaram ao meu abraço.

O diferencial está em qual atitude tomar, em qual coragem acreditar, em qual espelho se maquiar.

O olho esquerdo abre com o barulho do chuveiro, mas passa a imitar o direito novamente, quando percebe que mais dois olhos logo voltarão pra cama.



Um pontapé na nuca depois do atrito entre os corpos, é a descrição perfeita para o momento onde carinhos são feitos mesmo com os membros imóveis. Os quatro olhos sabem se conversar bem agora.

Cheio de vida e energia. Cheio de motivos e razões. Cheio de certezas e provas. Cheio de sentimentos e sensações. Cheio de carinho e agressão.

Cheio de paixão.


sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Compartilhar.

É vontade, é desejo, é necessidade. É incontrolável.
É subjetivo, esfumaçado, sem certo ou errado.
Compartilhar...

Compartilhar uma dor, um sentimento, um amor. 

Compartilhar uma informação, uma notícia, divulgar.
Compartilhar uma sensação, um momento, um segundo.
Compartilhar um segredo, uma inverdade, uma mentira.
Compartilhar um amigo, uma mãe, uma pessoa.
Compartilhar uma rotina, um dia, uma vida.
Compartilhar um mistério, um desconhecido, algo novo.
Compartilhar uma foto, uma frase, um texto, uma idéia.

Compartilhar o que é bom, pra esconder o que é ruim.
Compartilhar o que é ruim, pra preservar o que é bom.
Compartilhar um beijo, um abraço, um colo, um afeto.
Compartilhar uma raiva, uma angústia, uma tristeza.
Compartilhar o bonito, junto com o feio, sem medo.

Compartilhar as horas, o mundo, compartilhar a si próprio.
Compartilhar resultados, processos, um todo.

Compartilhar um tato, um olfato, um paladar, um visão, uma audição.
Compartilhar também o 6º.

Compartilhar com você, com eles, com todos.
Compartilhar... faz parte de mim.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Eu gosto de te abraçar até estalar.

Eu gosto quando você me olha, e  mesmo sem a intenção, me obriga a tentar descobrir qual é o perfume que você usa. Meu comportamento, quando perto de você, é como a programação de um robô que só exerce uma única função.

Eu gosto da sua timidez que automaticamente se transforma em charme, uma carta na manga que nem todo mundo sabe usar. O que difere é a naturalidade como isso ocorre.

Eu gosto do jeito que você fala, do jeito que você conversa, do jeito que você ri, do jeito que você olha, do jeito que você é.

Eu gosto do fato de você ter implantado em mim essa coisa estranha, que eu sei e não sei o que é, mas que me acorda e me põe pra dormir todo dia com um sorriso no canto da boca.

Eu gosto de imaginar que "tenho" você, e de que eu não sou o único nessa história que está voltando a ter 16 anos de idade.

Eu não gosto de ter que obedecer a regra da distância, mas se bem que, isso é a causa pra uma consequência que mesmo rotulada de forma negativa, é empregada como motivação: a saudade.

Eu gosto de lugares quietos, que ficam longe do caos, um destino que me proporciona tempo de reflexão durante o trajeto. Eu gosto de ficar imóvel por horas, sendo que na verdade você fica cada vez mais perto de mim.

Eu gosto como te vi, te conheci, e você me conquistou. Eu gosto quando a minha cabeça não pára de procurar por você na memória.

Eu gosto do jeito que você salta em mim, esbanjando vontade de ficar junto e beijando sem regras, sem barreiras, da mesma forma que eu faço com você.

Eu gosto de testar até que ponto eu consigo de apertar sem causar dor, ao ponto que indiferente da intensidade da vontade dos braços, a dor não existe.

Eu gosto de falar oi como se fosse naquele primeiro dia, ou de falar tchau como se hoje fosse nosso último dia. Eu gosto da sensação de ter que aproveitar antes que acabe.

Eu gosto pensar que minha rotina pode mudar, em função de um novo propósito coberto de razão, ainda que isso seja contraditório à sua natureza (sentimento).

Eu gosto da sua delicadeza, da forma como você anda, e até mesmo o movimento para alcançar um copo na mesa. Eu gosto porque isso tudo é camuflado e exposto ao mesmo tempo.

Eu gosto de ter começado esse texto sem saber por onde iniciar, e agora não conseguir parar mais de falar. Escrever ou desenhar o meu desejo de ser ouvido.

Eu gosto de sentir essa vontade de gritar, como uma válvula de escape, para o quente e frio que sinto quando te abraço.

Eu gosto de te abraçar até estalar.

domingo, 13 de novembro de 2011

Divisor de águas.

Imagens erroneamente projetadas, aproximando o incerto do certo, confundindo os reflexos não mais coloridos. Branco.

Reação inexistente vivida como o presente, firmando realidade no mesmo plano em que sente.

Divagações inúteis transbordam sem sentido nem orientação. Simplesmente paranóias geradas pela permissão.



Nada faz sentido onde tudo se encaixa, na ausência de direção, a mistura dos tons mostra uma conclusão. Preto.

Passa a ser temido aquilo que mais deseja, ao alcance já não é mais belo, turvo e obscuro não seriam exageros.

O único mal que se tem é aquele também necessário, justificado posteriormente de forma comum e diferente, sem agressões ou negociações.

A forma subjetiva empregada é um disparo sem alcance, um destino existente, mas jamais presente, que argumenta com insistência por si próprio.

Ilusões perfeitamente projetadas, mesclando distintos conceitos, com direções próprias e determinadas, mostrando a identidade de cada um que quer mostrar.

Tudo se define de forma clara, na percepção das diferenças entre ambas, é uma escolha primária possível definir em qual água nadar.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Eu quero uma casa com varanda.

Barreiras, obstáculos, paredes, sinais, vozes, visões, ilusões, paranóias.

Sufocante se torna uma qualidade para o meio cujo qual não se encaixa em qualquer adjetivo negativo.

Costumes de desconfiança se tornam rotinas obrigatórias, onde o Sol já nasce despercebido e camuflado pelo caos.

O movimento de uma folha, motivado pela ação do vento, é a imagem que se tem, mas não se vê.

Não há nada pior do que não ter pra ou por onde correr, quando nossas emoções já não cabem dentro de 75 Kg.

O que se reprime não morre. Fica guardado esperando uma fenda por onde explodir.

Um ambiente sem poesia não é onde quero estar quando for de minha escolha o destino.

Fadigados e viciados, são os músculos que não mais suportam o nomadismo do conjunto onde nasceu.

Esquecemos da emoção, do medo, da angústia, do amor e do afeto.

Esquecemos a nossa espécie. Vivemos sob programação.

Lares que invadem o espaço alheio. Que cobrem ou que servem de base, não importa.

A capacidade de multiplicação desordenada é uma das práticas mais comuns observadas.

Sintomas de que o que se tem em mãos não é o suficiente. Jamais será o suficiente.

De repente o homem é criador daquilo que já foi seu berço.

De repente o verde se torna um produto, não mais algo natural, e que é capaz de dialogar com o cinza.

Gritos que perdem força e ganham o apelido de sussurros.

Pensamentos que manipulam a boca, a única saída para o mundo externo.

Todo o oposto dos meus sonhos, é a realidade nos meus dias.

Após dez ou quinze anos talvez nem se consiga mais lembrar do que é ideal. Aprendemos a provar e gostar do que nos é oferecido.

Eu jamais conseguirei morar em um elevador num edifício qualquer.

Eu quero uma casa com varanda.


quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Algo.

Algo que quer.
Algo que sente.
Algo que vive.
Algo que vê.
Algo que cheira.
Algo que sonha.
Algo que alegra.
Algo que chega.
Algo que pergunta.
Algo que não sabe.
Algo que é passado.
Algo que quer futuro.
Algo que se desculpa.
Algo que se usa.
Algo que não entende.
Algo que desconhece.
Algo que eu queira.
Algo que é turvo.
Algo que aparece.
Algo que treme.
Algo que faz parte.
Algo que ferve.
Algo que imagina.
Algo que é único.
Algo que é só.
Algo que tem cor.
Algo que existe.
Algo que consquista.
Algo que surpreende.
Algo que beija.
Algo que apaixona.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Eu me amo.


Eu amo ter com quem conversar quando me sinto sozinho.

Eu amo ser a pessoa pra quem você vai ligar quando precisar de um amigo.

Eu amo acordar pela manhã quando o Sol já disse “bom dia” para outros antes de mim.

Eu amo o meu quarto, meu canto, meu refúgio, minha intimidade, o meu lugar.

Eu amo ficar com frio na barriga quando estou prestes a conhecer algo novo.

Eu amo ter fé naquilo que acredito, e o fato “disso” nunca ter me decepcionado.

Eu amo temperaturas baixas, que me força a me recolher pra dentro de mim mesmo.

Eu amo o verão, que traz cores e melodias felizes ao meu redor enquanto ando pela rua.

Eu amo o Rock N Roll, pela força que ele aplica na minha alma a cada riff da guitarra distorcida.

Eu amo as possibilidades e oportunidades que apareceram no meu caminho até hoje.

Eu amo ser dono do meu tempo, da minha vontade, do meu gosto, de mim mesmo.

Eu amo o jeito que você me recebe e diz que estava com saudades.
Eu amo sentir saudades.

Eu amo amar, ser amado, e ver que as pessoas também se amam.

Eu amo abraçar, beijar, acariciar, dar afeto e saber que só estou emprestando. (um dia volta)

Eu amo quando num piscar de olhos uma xícara de café aparece do lado do meu computador.

Eu amo ter uma personalidade ousada e não desistir daquilo que tira meu sono noite após noite.

Eu amo beijo na boca que faz o tempo parar e o corpo desabar.

Eu amo ficar observando os desenhos nos meus braços num dia que estou sob o efeito do álcool.

Eu amo te esperar na porta da sua casa, ouvindo minha música preferida no carro e ficar imaginando como vou pedir um beijo.

Eu amo meu irmão como se ele fosse meu filho.

Eu amo até mesmo meus problemas, que me fazem crescer dia após dia.

Eu amo dialogar com meu pai enquanto desenho no escritório.

Eu amo sentar na minha varanda, numa sexta-feira após as 18h e só voltar pra realidade depois da meia noite.

Eu amo os esconderijos que criei pra mim mesmo, que me protegem a qualquer momento.

Eu amo andar descalço na grama pela manhã ensolarada.

Eu amo pisar descalço na areia da praia, gelada, às 5h34min da manhã com um cigarro aceso.

Eu amo meu passado, meu presente e vou amar mais ainda meu futuro.

Eu amo a minha vida.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O tal do amor próprio.

Eis aqui um tema que está em alta. Um tema digamos assim, moderno. Algo que nós vemos e ouvimos todos os dias, e que nos indicam a praticar. Algo que segundo "eles", pode salvar a sua vida de uma crise depressiva ou simplesmente de momentos tristes. É algo tão visado, porém muito pouca gente sabe do que se trata o tal do amor próprio.


Pra começar (eu nem sei por onde na verdade) vamos fazer um exercício. Pare e pense em si próprio, em todos os detalhes, todas as qualidade, defeitos, coisas que você mudaria, enfim... se olhe de dentro pra fora, de fora pra dentro, de perfil, por cima, por baixo... SE OLHE! Viu? E ae, gostou? Se sua resposta é "sim com certeza", trate de ler bem esse texto porque você é a típica pessoa que confunde tudo e não sabe de nada. Se você tem lá suas críticas, e não ficou assim tão contente com o que viu, também leia esse texto, porém posso dizer que com você será mais fácil.


O pior erro que as pessoas comentem nesse tema é confundir amor próprio com egocentrismo. Na maioria das vezes, precisamos ou sentimos a necessidade de praticar o amor próprio quando algo ruim acontece na vida social, profissional, familiar e etc. É sempre naquele momento que acabaram de te dar um fora que chega um amigo querendo te consolar, e fala que você tem que se dar valor, se amar mais, e toda aquela baboseira que nem ele mesmo acredita, mas sentiu certa obrigação de tentar te ajudar. E quando estamos abalados emocionalmente é mais comum ainda fazermos essa confusão. Se bem que tem gente que não entende mesmo depois da ressaca, mas enfim... vou falar o porquê penso assim.


Amor próprio não significa você ter que passar por cima de todos e de tudo pra conseguir algo. Não significa que você é lindo, maravilhoso, querido por todos e tudo aquilo que sua mãe diz que você é (mãe, né? fazer o que?). Não significa que a pessoa que acababou de sair da sua rotina, não conseguiu te ver como você realmente é. Não significa que existe alguém "melhor" esperando por você. Amor próprio não é você brincar de ser Deus. Isso se chama egocentrismo. Não pense que o mundo gira em torno de ti, porque pode acreditar, você é tão insignificante como eu, se colocado numa escala global. O problema é quando o egocentrismo começa a desenvolver outras formas de pensamento (sintomas) no ser em questão, como por exemplo, a ceguice aguda. Isso ocorre quando a pessoa sofreu tanto bombardeio de que ela tem que se amar, que ela começa a ficar cega em relação a si própria. Homens muito magros pensam que estão assim, com o corpo normal. Outros que abusaram do suplemento na academia continuam usando camiseta "P" sendo que nem a "M" serve mais nele. E não estou falando do sujeito que é forte... estou falando daquele que já está gordo, e não sabe diferenciar musculo de banha. Ou então as garotas, que também sofrem do mesmo sintoma. Umas que estão muito magras, veêm isso na passarela e/ou revista, e pensam que algum homem vai sentir atração por "aquilo". E tem também a banda das gordinhas, que não aceitam o fato de que elas usam mais do que 42, e a ceguice gerada pelo amor próprio errôneo, as levam a pssar vergonha no meio social em que vive, porque ela realmente pensa que pode usar shortinho jeans com meia calça preta no inverno.


Para que possamos entender como funciona a coisa, é bem simples. Quando você namorava, ou quando você está ficando com alguém... essa pessoa é perfeita? Falando sério, vai... sem demagogia. É óbvio que a resposta é NÃO! Pois bem, você mesmo amando a pessoa, consegue ver os defeitos e continua com ela... porque isso é o tal do amor. Quando a situação é contigo, não muda nada. Você também tem defeitos, você também é feio, bonito, gordo, magro e etc. Então, antes de sair por ai pensando que é o rei da cocada preta, ou rainha de bateria de escola de samba, compre um espelho. Pendure-o na parede do quarto, e fique lá se observando... depois, pense bem em QUEM você é. No que você acredita, no que você sonha, no que você quer, no que você ja fez, no que você está fazendo. Faça uma completa varredura de seu perfil e quando aprender a aceitar-se do jeito que você é, pode-se dizer que você adquiriu amor próprio.


Quando alguém não quis conversar com você, ou não te olhou naquela balada, foi direito dessa pessoa. Ninugém é obrigado a gostar de ninguém, e todo mundo gosta de dar uma esnobada quando se sente superior. Não critique, você também já praticou isso alguma noite e simplesmente não lembra. Por mais que aquela garota com quem você sonha não te olhe, isso não é o fim do mundo. É um fato comum não conseguirmos a mulher dos sonhos. E não precisa se matar caso isso aconteça, se você tiver o amor próprio. Não porque você vai pensar que ela está perdendo, mas porque você de fato sabe de seus valores e não vai ficar emplorando para outro ser humano, que você categoriza como um semi-Deus, por um beijo ou uma noite juntos.


O amor próprio anda de mãos dadas com a autocrítica. Se você não sabe fazer um dos dois, pode esquecer. Vai ficar o resto da vida sem sabe o significado de tanta coisa que carrega desde que nasceu. Saiba se por no seu lugar, no seu patamar. O mundo é maravilhoso, eu sei. É enorme, mas não vai ser sendo o amante de si próprio mais confiante da face da Terra, que você vai conseguir aquele emprego tão desejado... ou aquele relacionamento perfeito (que diga-se de passagem, não existe). Toda essa idéia consiste na verdade em se ACEITAR. É praticamente um jogo psicológico, onde a principal expressão está camuflada, pois antes de se amar você deve se conhecer. E tem tanta gente que sabe tanto da vida dos outros, mas não sabe nem 10% da própria personalidade. Por isso que eu disse para fazermos o exercício no começo do texto.

Todos nós aprendemos que devemos amar o próximo e a nós mesmos. Mas antes, temos que saber qual é o real significado da palavra amor, que é bem diferente do que se vê em novela ou em filme. Amor é o sentimento mais forte e mais nobre que você um dia poderá sentir, e pra falar a verdade, somente no dia em que você morrer é que vai perceber quais os dias de sua vida soube o que era amor. A maioria das pessoas passa tempo demais correndo atrás "dele", e não param para reparar se o "tal do amor" já faz parte de sua vida.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O que eu quero.

Eu quero acordar em uma Terça-Feira depois das 9h, levantar calmamente e fazer meu café na cozinha enquanto lembro-me da noite anterior.

Eu quero completar o tanque do meu carro, carregar o que é necessário para o meu bem estar, e dirigir sem rumo até que seja necessário começar o ciclo novamente.

Eu quero começar tudo do zero, manter o meu conhecimento, e tentar não errar tanto dessa vez.

Eu quero passar o dia inteiro tentando identificar os significados dos sons, que ouço nas músicas que vêm lá da ponta da Europa.

Eu quero ser dono do meu tempo, da minha opinião, dos meus bens e não sentir culpa nenhuma.

Eu quero esquecer as minhas dores, cicatrizar os cortes e ter somente lembranças.

Eu quero sair pelas ruas com a inocência de uma criança, observar o que me é novo e vasculhar os meus interesses.

Eu quero poder libertar meus demônios, gritar com as vozes do meu pensamento e mesmo assim não atingir ninguém a minha volta.

Eu quero colocar o orgulho no bolso, voltar atrás na minha decisão e tentar encontrar outra forma de isso solucionar.

Eu quero dizer que ainda te amo.

Eu quero dizer que sinto a sua falta, que faz frio aqui, que eu quero sentir calor de novo, e que não entendo de onde isso vem.

Eu quero ser metade da pessoa que meu pai espera que eu seja, trazer somente orgulho e deixar de lado o que me põe pra trás.

Eu quero chegar em casa no final do dia com a sensação de missão cumprida, beijar minha esposa como rotina e não me cansar disso.

Eu quero que em um piscar de olhos tudo aquilo se encontra desligado acorde, viva intensamente e não me cause arrependimentos tão profundos.

Eu quero que você saiba que eu não te odeio mais.

Eu quero primeiro descobrir quem sou eu, para que assim possa realmente adotar esse personagem tentando assim chegar ao meu equilíbrio.

Eu quero criar asas e poder voar pra onde me der vontade, passando livre como uma ave por um caminho que não tem obstáculos.

Eu quero uma vida realista, não fácil nem difícil.

Eu quero encontrar as respostas de tantas perguntas, eu quero responder todas as perguntas.

Eu quero saber o que vem depois que a gente fecha os olhos pra nunca mais abrir.

Eu quero saber se vão sentir minha falta depois desse dia.

Eu quero sumir não do mundo, mas sim do que me rodeia e que já me causa enjôo pelo fato de saber o que terei que engolir todos os dias.

Eu quero ficar estático no topo de uma montanha, esfriar minha pele com o vento aconchegante, escrever tudo que me vem à cabeça e depois jogar fora.

Eu quero saber daquilo tudo que você jamais me contou, barrada pelo medo ou angústia, e que poderia ter feito toda a diferença.

Eu quero o que não quero, e não quero o que não tenho. Não quero o que é me traz conforto, e quero o que me faz procurar por ele.

Eu quero correr num Domingo de tarde por uma floresta densa, com árvores altas ao meu redor, até que meu corpo não consiga mais se locomover em uma corrida sem fim.

Eu quero fazer parte do que jamais esperei um dia conhecer, me surpreender de forma positiva com os fatos e criar motivação para acordar no dia seguinte.

Eu quero tocar bateria imaginária no trânsito, em casa, na rua, no banco, no trabalho, no almoço, no jantar e enquanto penso nas próximas linhas.

Eu quero que você possa se ver com os meus olhos, traduzir o seu próprio rosto e entender de onde vem o que me leva até você.

Eu quero saber onde que foi o início, se já estou no meio e se existirá um fim.

Eu quero estar atento ao tiro inicial para poder acompanhar a prova, manter-me no ritmo que preciso estar e conseguir finalizar mesmo chegando em último lugar.

Eu quero sentir o conforte de se estar triste.

Eu quero não ser “aquilo” que você quer, e conseguir te convencer de que sou eu quem você quer.

Eu quero apertar o gatilho e assistir em câmera lenta a sua reação ao que lhe atinge.

Que quero estar lá quando você precisar, estar aqui quando você voltar e conseguir ver a beleza de seus olhos até mesmo num dia frio.

Eu quero querer e conquistar independente do custo que isso me traga, não sentir mais dor depois da quinta porrada, me rastejar quando não me sobrarem mais pernas, fazer mímica quando não me sobrar mais voz, e morrer quando quieto dentro de casa depois de ter ao menos olhado pra rua.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A expectativa é o primeiro passo para a frustração.

Com certeza a maioria já sabe disso, ou pelo menos já deve ter ouvido algo parecido. Eu vou tentar traduzir aqui o porquê de eu concordar tanto com essa idéia.

Muita gente reclama de frustrações, de algo que tinha um plano perfeito e mesmo assim não atingiu o resultado planejado. Algumas frustrações realmente nos pegam de surpresa, sem um motivo plausível para que tenha ocorrido, nos levando de forma instantânea à pequenas crises de depressão. É natural do ser humano esse sentimento perante o leite derramado. Mas, já parou pra pensar que, esse leite só existiu porque nós mesmos o criamos? Sim, em certa parcela, as expectativas aparecem sem mesmo nós permitirmos isso. Porém, o que nunca percebemos, é a capacidade que temos de inventar expectativas onde não existe nenhum sinal positivo. É muito mais fácil sair reclamando, falando de canto de boca, chutando cachorro morto na rua, se lamentando por um dia ou mesmo uma vida ruim. E como temos a mania da comodidade, não paramos para categorizar o que de fato é ou não "culpa nossa".



Existem os famosos sinais que tanto pedimos para as forças superiores, quando estamos em dúvida de qual conduta adotar em determinada situação. E de tanto ficarmos esperando esses sinais, sem reparar em nossa própria atitude, já começamos a criar falsas expectativas. Por que digo isso? Ora, porque quando você está a esperar muito alguma dica, cai na velha história do "quem procura acha". E é aí que mora o perigo, porque qualquer coisa morna, mais ou menos positiva, é traduzida pelo nosso subconsciente como o tão esperado sinal. Esse é apenas o começo da prática de uma das piores situações em nosso cotidiano: mentir pra si próprio. Você fica com o radar ligado, olhando em todas as gavetas, reparando em todos os cantos, na busca de algo que te faça manter positiva aquela idéia que, por alguns momentos, você mesmo se negou a levar adiante. Isso já um sinal de frustração, pequeno, mas é. O fato de não conseguir abandonar um plano totalmente fora da lógica, só é permitido pela capacidade humana da crença. Não estou dizendo que deveríamos nos tornar frios como calculadoras, mas que manter os dois pés no chão, as vezes faz sentido. O ato de caminhar é feito por dois movimentos: um pé no chão, e outro no ar, e assim conseguimos dar seguimento a qualquer coisa. Porém, quando temos que parar pra tomar uma decisão, automaticamente paramos de fato num certo local, e aí estamos com os dois pés no solo. Ou seja, não adianta você querer definir alguma coisa, sendo que não está estático e prestando a atenção nisso tudo.

A expectativa se torna o primeiro passo para a frustração, quando não colocamos o negativo como resultado possível. Isso é bem comum, pois a partir do ponto que se quer conquistar algo, só pensamos que vai dar certo, esquecendo que a pior condição do ser humano é a dependência...e o pior sentimento é o medo. Navegando por essas águas, temos que enfrentar o pior sentimento e encarar a realidade da pior condição. Você só vai se frustrar profundamente, se sentir lesado, passado pra trás, quando o resultado ruim parte da decisão de meios externos, e não de nosso interior. A cautela é uma qualidade que se deve praticar sempre, de modo que se torne algo como um hábito em nossas vidas. Se você se frustra consigo mesmo, é possível que apareçam sintomas de auto-agressão, gerada pela necessidade de expor sua indignação para com o famoso "eu interior", devido o fato de não existir nenhum outro alvo para sua raiva atingir. A frustração te consome, ocupa todo seu tempo independete em qual sentido isso seja. É um buraco profundo sem uma saída fácil, que requer amadurecimento suficiente para a aceitação de mais uma decepção. No final das contas, nós somos os culpados pelos nossos fantasmas. Quando viemos ao mundo, pequeninos no colo de nossas mães, não temos inimigos. Nós os inventamos ao longo dos anos, nosso ego os inventa ao longo de nossas passagens, gerações. Todos nós estamos envolvidos de forma direta em todas as circuntâncias, até mesmo naquilo que nos agride. Pare pra pensar se muitas vezes, não partiu de você mesmo a vontade de seguir em frente com aquilo que, é radical e não lógico. Tudo aquilo que o mundo inteiro te dá os sinais de que não tem como dar certo, mas insistentemente, prefere ver somente os seus sinais que foram inventados de uma origem desconhecida, inexistente, fantasiosa, nula. A expectativa se torna então um dos piores inimigos que nosso ego (nós) criou para assombrar o nosso lar.



A frustração está sempre junto com a expectativa, e é impossível você ter uma, sem ter a outra. Por mais que o resultado final seja positivo, com certeza durante o percorrer da história, a frustração deu aquela "passadinha" pra te falar um oi, e lembrar que ela vai eternamente existir... quando houver expectativa.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Quando alguém está tentando dizer algo, é porque de fato está tentando te dizer algo.

Já imaginou se cortassem suas cordas vocais, assim como se faz com cachorros, e tirassem o seu direito de falar, gritar, berrar ou se expressar? Já imaginou se tudo que você pensa, não pudesse sair de sua cabeça, até o ponto em que você iria "explodir" por falta de espaço pra tantas idéias? Penso eu que seria uma coisa horrível, e talvez a maioria concorde com isso. E mais uma vez, cá estou eu com uma incógnita: por que as pessoas escondem aquilo que sentem ou pensam, sendo que não há risco nenhum em dizer?


Na maior parte de nossas vidas aprendemos a ser cautelosos. Sempre achamos que o certo é ficar com o pé atrás, sem perceber que podemos adoecer com esta "auto barreira" imposta por nós mesmos, ao que vem de dentro pra fora. Chega num ponto que ficamos com medo da própria vida, e enquanto isso, o nosso tempo aqui só diminui. Ninguém é eterno, o amanhã é incerto e o futuro a Deus pertence, correto? Pois bem, na minha forma de pensar, não seria saudável prolongar uma coisa que pode acontecer agora, sendo que não sabemos se acordaremos vivos no dia de amanhã. O fato de guardar tanto pra si próprio pode ser perigoso em alguns casos, mas na maioria, não passa mesmo de um desperdício de tempo.


Enquanto estamos nos privando de falar, salvando informações que devem ser compartilhadas, nos prendemos a isso... tornando inúteis todos os 05 sentidos, que nos levam a conhecer alguém ou uma oportunidade, que está nos esperando para uma realização cuja qual buscamos. Eu só queria saber onde que está escrito, se existe uma norma, que nos obriga a fazer toda essa novela na vida real, deixando-a cada vez mais vazia, causando angústia gerada pelo desejo reprimido. Então algumas pessoas decidem abrir a válvula de escape, com vazão mínima, soltando indiretas nem sempre claras ou completas. Indiretas que podem ser mal entendidas, fazendo com que o rumo da história seja outro totalmente diferente daquilo que se espera. Inidretas são legais, dão uma ar diferente na conversa, criam uma atmosfera mística que embeleza todo o romance. Mas isso só ocorre quando elas estão disfarçadas de indiretas, mas não passam de DIRETAS.


Não há muito que se falar sobre esse assunto, que não seja nada que já estamos acostumados a ouvir. E sempre existe aquela frase que traduz em poucas palavras um mundo de emoções e intenções. Pra esse tópico, também consegui achar a "minha" frase preferida...

Já dizia a cantora francesa Yelle:
"Eu não tenho tempo de esperar você se despir, outros prazeres me aguardam."

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Você tem uma receita. Isso faz do seu vício, algo legal.

As informações colocadas abaixo são de fontes seguras e verdadeiras, caso alguém tenha a capacidade de duvidar disso. Leiam com atenção.

Efeitos adversos causados por remédios antidepressivos, de modo geral:
Disfunção sexual;
Dependência e síndrome de privação;
Mania: ilusões de grandiosidade e optimismo irrealista;
O período mais perigoso para o suicídio é logo após o início da terapia, porque o farmaco só manifesta os seus efeitos completos após algumas semanas. Desespero devido à continuação dos sintomas, por falta de informação, pode levar ao suicídio;
Com o uso dos ISRS é de se esperar uma maior concentração de serotonina na fenda sináptica e uma menor concentração disponível às plaquetas que armazenam-na. Como a serotonina é importante no fenômeno da coagulação, é de se esperar um aumento no tempo de sangramento do paciente;
Sensação de "boca seca" devida a redução do fluxo salivar, aumento na secreção de prolactina, perda de apetite assim como constipação intestinal são comuns com fluoxetina;
Síndrome serotoninérgica é causada por excesso de serotonina na fenda sináptica, levando a um quadro complexo de sinais e sintomas. Ocorre, por exemplo, quando da associação entre ISRS e inibidores da MAO;

Um dos medicamentos mais conhecidos nesta classe, é o Prozac. Segue abaixo algumas informações sobre esta droga.

Fluoxetina -
Efeitos adversos: podem ocorrer náuseas, diarréia, xerostomia ,hiperprolactinemia. Viragens maníacas ou psicóticas em indivíduos predispostos. Perda de peso. Confusão mental, ideias de suicídio, discinesias
, ginecomastia, mastodinia, dismenorréia, sangramento vaginal. São reações mais comuns insônia, sonolência, ansiedade, nervosismo, fadiga, anorexia, náuseas, diarréia e tremores. Como a maioria dos serotoninérgicos, pode causar perda de libido.
Descontinuação:  ao se parar o uso de fluoxetina, podem ocorrer nervosismo, insônia, e isolamento acompanhado de tristeza sem explicação. Pode ocorrer em função da interrupção repentina, do esquecimento de doses ou da descontinuação do medicamento . Os sintomas mais comuns são ansiedade, agitação, insônia, tonturas, vertigens, fadiga, náuseas, dores musculares, coriza, mal-estar, perturbações sensoriais e depressão. Iniciam 12 a 48 horas após a última dose, durando em geral até duas semanas. Ocorre com mais freqüência na descontinuação da paroxetina, seguida do citalopram, da sertralina e da fluvoxamina.

Não estou aqui para fazer apologia a nada. É somente um ponto de vista, que nos faz pensar bem sobre o que o ser humano julga permitido ou proibido pra si próprio. O motivo da categorização de uma droga ser ilicita, qual é? Os efeitos que ela causa durante seu uso? Pós uso? Afeta no relacionamento da pessoa em um meio social? Não sou o dono da razão, mas penso que tudo isso relatado acima, é bem parecido com o efeito de qualquer droga proibida. A diferença é que se você é medicado com um antidepressivo, é necessário que você tenha uma receita. E isso torna o uso desta droga (esse vício) algo permitido pela lei.

Já dizia Lily Allen:
"Sua filha está com depressão, então vamos colocá-la a base do Prozac,
Mas o que você ainda não sabe, é que ela já está viciada em Crack."

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Seria mais fácil, mas isso não serve pra mim.

Seria mais fácil usar um corte de cabelo comum, usar as roupas da vitrine do Shopping, estar nos camarotes mais cobiçados e se portar de forma sem sentido. Seria mais fácil poupar os palavrões, causar uma ótima boa impressão e enganar a todos sobre sua real índole. Seria mais fácil buscar frases prontas na Internet, postar em sua própria página, e receber elogios por algo que não foi você quem fez. Seria mais fácil observar as atitudes na ruas, copiar exatamente e se tornar um alvo comum de cobiça das mulheres. Seria mais fácil ter em seu iPod as músicas que tocam nas rádios, tocar as mesmas no som do carro para causar uma bora impressão à sua carona. Seria mais fácil saber assuntos inúteis que estão escancarados na mídia, se aprimorar dos mesmos, e ter o que falar numa roda de pessoas de forma geral, em qualquer meio social que você frequenta. Seria mais fácil se encaixar num esteriotipo que não exige personalidade, fingir ser um manequim com vida pra conseguir sucesso em todos os sentidos pessoais. Seria mais fácil manter a cor dos seus braços, na cor da pele, e não impactar os olhos de quem o vê, com uma "poluição visual" causade por 09 ou 13 agulhas num processo longo e dolorido.

Seria mais fácil ser somente uma cópia de uma imitação.

Eu sempre gostei do que é difícil. Tirar nota 10 na prova de Literatura, na 8ª série, nunca colocou um sorriso no meu rosto. Cada matéria com média de nota baixa, era sinônimo de mais um desafio, de mais um motivo pra se conseguir vencer. Sempre preferi tentar escalar as montanhas desafiadoras, fugir do padrão imposta e ouvir o que meu coração me diz. Padrão adotado pela maioria, sempre foi o que eu mais evitei. Não me sentia verdadeiro em ser exatament igual a pessoa ao melado, numa fila de banco ou na porta de um bar. Aquela garota impossível de se conquistar, sempre foi o que quis, por mais que já tivesse aceitado a derrota pré-tentativa. Conseguir entender aquele poema repleto de metáforas, sempre foi o auge da minha satisfação pessoal, da minha auto aprovação. Ler a auto biografia de Adolf Hitler pra saber quem é o seujeito que todos odeiam, nunca seria curiosidade de alguém que é popular na escola. Letras de músicas com palavras e frases clichês sempre me paresseram pobres em romantismo, prefiro aquelas cujas quais é necessário se ouvir duas ou três vezes, para enteder o sentimento de seu autor. Conseguir se destacar no meio de uma multidão por estar usando uma peça de roupa diferente, é uma sensação ótima que somente uma parcela da população já sentiu ou vai sentir. Fazer com que as pessoas enxerguem meu interior, mesmo quando meu exterior as afasta, é algo tão gratificante pelo fato de isso ter ocorrido por puro mérito meu.

Não digo estar exalando perfume de rosas, nem que sou dono da verdade. Penso que seria fácil demais seguir com a maré, como um pedaço de papel que se joga no mar e as águas levam pra um lugar onde tal objeto não sabe qual o fundamento disso. Eu gosto de ser dono dos meus pensamentos. Antes que as autoridades tirem meus olhos fora, ou que a sociedade imponha uma nova barreira, quero poder ver tudo que o mundo tem a me oferecer, sem medo das consequências, importando somente com a sensação de felicidade que eu mesmo possa trazer a mim.

Já dizia Beck Hansem: vou ficar mais ao meu lado, dessa forma, jamais estarei sozinho.

Seria mais fácil seguir as receitas e ver o produto final igual na foto do livro. Mas isso não serve pra mim. Quero inventar a minha receita, tirar a minha foto e publicar eu mesmo, o meu livro... a minha história.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Crio vida ao meu sonho de paixão.

Me sinto diferente cada vez que ouço seus passos, no piso de madeira da entrada do meu quarto, anunciando que a noite será da melhor forma que poderia ser. É uma presença marcante que domina o ambiente por completo, numa atmosfera cativante, que me chama pra perto, que se abre à mim. A sensação mais inexplicável que já senti, é causada pela simples existência de alguém que aqui chegou pelo mesmo caminho que tantas, mas com alguns destaques mostrou-se selecionada à mim. O sentimento tem todos os tamanhos possíveis e necessários, pra que seja demonstrado claramente como gratificação por estar vivenciando isto. Inconsequente, resolvi não me conter em saber até onde iria toda aquela voz, e o esperado aconteceu. A paixão por ela se mostrou, e é algo belo demais para que não se queira manter.


Me pego pensando como é possível meu subconsciente dedicar tanta atenção à alguém. A cor marcante de uma pétala de Girassol, tocada pelo vento em seus cabelos, forma a imagem abstrata em movimento mais leve que o próprio ar. Dançando ao sopro da natureza, sua presença se estabelece com pequenos detalhes assim, inúmeros detalhes assim. Seu lado esquerdo do rosto iluminado pelo brliho do Sol, o movimento dos dedos enrolando uma mecha de franja loura, com o pensamento além dos limetes da paisagem, me transporta para uma dimensão intocável, para o mundo exterior além de nós dois. Apenas ficar observando tudo isso já me satisfaz, o fato de estar tão perto de algo tão bonito me deixa mais vivo, me causa empolgação em viver. Exatamente proporcional aos meus desejos, apesar da presença tão forte, parece caber nos braços com seu tamanho de menina, parece que me chama pra isso. É uma mistura de todas as qualidades adotadas. Personladidade de mulher, com atitudes de moléca, em um coração de garota assutada no primeiro dia de aula. Pra mim, não há nada igual nem melhor. Consegue carregar até mesmos os defeitos, com os quais meu ego sentirá necessidade de entrar em conflito com. Por mais exagerado que isso seja, possui a perfeição exata que meus olhos sentem necessidade em ver. O gosto de seu beijo combina com os movimentos dos lábios, trazendo pra minha boca a condição de conforto tão sonhada. É mais do que mágico, mais do que fantasia, é mais do que eu poderia tentar inventar. Sempre nos mesmos lugares, os encontros são únicos...sempre como se fossem o primeiro ou último. É encantador ter a permissão de sentir a temperatura de seu quadril, repousada em meus braços, quietos dentro do nosso momento isolado.


A pausa é inevitável, e com a despedida momentânea a empolgação se torna saudade, a calmaria se agita, e a corrida contra o ciclo natural do tempo parece ser uma tarefa a ser cumprida. Estranho, mas verdade, a separação dos corpos ainda hoje causa dor. Ao fechar os olhos ouço a melodia de seu caminhar para longe de mim, e mesmo sabendo de sua volta, só sonsigo pensar em impedir o final da cena na qual sou nada mais do que coadjuvante. Leva consigo toda aquela paz oferecida anteriormente. É como se todas as sensações agradáveis, partissem de seus poros, deixando um rastro de seu caminho para que sempre haja um próximo momento. Até mesmo nessas horas aproveito ao máximo a oportunidade de estar a vendo. De saber que encontrei a forma mais pura de mulher, o perfeito para a minha imperfeição, com quem me sinto seguro e livre. Me faz acreditar nos mais banais contos de fadas. Incrivelmente nada sei sobre seu passado, nunca minha atenção desviada do presente. Não perdemos tempo planejando o futuro, nem mesmo nos confissando sobre fatos ocorridos. Quando juntos, o mundo não tem fim, cada segundo tem seu valor específico. Intenso e violento, traz escancarada em nossos sorrisos a felicidade encontrada, e simplesmente é a idéia de um ideal. Não sei onde mora, e ao mesmo tempo conheço como a palma da minha mão, a sua casa. Sei onde encontrá-la, porém nem todas as vezes que eu chamo traz sua paixão até meu lar. Sou submisso de suas vontade por não saber entender o que se passa em minha consciência. Sinto que está sempre comigo, ao meu lado ou em meu interior, mas sempre caminha junto. Um diálogo nunca aconteceu, não foi necessário colocar em palavras o que passa de alma para alma, automaticamente, chamando uma a outra. Não poderei revelar sua identidade, não me foi permitido tamanho conhecimento. As últimas lembranças que tenho são de seu olhar, ao se curvar, olhando para trás...buscando meus ouvidos para dizer-me seu nome, que jamais consegui decifrar. Foi o momento então que senti estar em queda livre, no meio de um deserto frio, me lembrando que mais uma noite se acabára e um novo dia começava. Acordado, novamente fiquei sem saber o nome dela, que habita meu subconsciente e me assombra em meus sonhos.

É a minha zona de refúgio, onde não são impostos limites às minhas fantasias mais secretas e obscuras. A mantenho perto e ao mesmo tempo longe. Não nos cobramos em nada, sempre nos encontramos no momento certo. Quando for correto, sei que se tornarás realidade e me contarás seu nome, mas enquanto esse dia não chega, crio vida ao meu sonho de paixão.

terça-feira, 19 de abril de 2011

À moda antiga: o próprio nome já diz tudo.

É uma referência que soa bonito, que se ouve bastante, mas infelizmente a maioria das pessoas que mencionam tal termo o usam de forma hipócrita. Qual menino nunca ouviu em casa, na família ou até mesmo na escola que, mulheres gostam de rapazes à moda antiga?
Ficou uma coisa tão comum em se dizer que, de fato, não se sabem mais o real sentido disso tudo. Quando o homem não atrai o sexo oposto simplesmente por sua aparência física, ele é obrigado a aprender a se portar à moda antiga, na esperança de que isso faça com que elas o vejam como é de verdade, apesar dos desetendimentos de traços que seu rosto apresenta.



Não é necessário mencionar muitas características deste tipo de homem. É sempre o típico romântico: elabora com cuidado o que vai dizer, liga no dia seguinte, manda flores sem data especial, ouve ao máximo os problemas da companheira (ou em alguns casos pelo menos finge, tudo que ela quer é ser ouvida e um pouco de atenção). É aquele personagem de filme clichê, mas que muitas das vezes, é também o principal de um filme campeão de bilheterias. A diferença é que nos filmes, o cara além de ser assim, é um galã. Dai fica fácil, né? Mas, voltando à realidade, a maior parte que é galã não sente necessidade em desenvolver um ritual de conquista. Ele sabe que basta sair na rua pra conseguir o que quer. Então fiquemos com os "feinhos", que estudam à fundo o comportamente da mulher, tentam reparar na cor do brinco, no corte de cabelo, na combinação do sapato com a roupa, e todas as outras coisas que ouvimos as moças comentar como qualidades ótimas em um homem: o poder de obersvação. Esse rapaz, que se preocupa com cada palavra que vai falar, com cada detalhe que vai reparar, sempre se anima com uma nova conquista.


Traz uma sensação de desafio, com picos de adrenalina em certas ocasiões. Muda com o ciclo biológico dele, faz perder o sono mesmo cansado, faz suar mesmo no frio, faz tremer mesmo no calor. É uma verdadeira explosão de hormônios incontrolável, e a solução sempre parece ser estar com a pessoa. É ai que ele tenta por em prática tudo aquilo que ficou horas, anos lendo sobre. E na empolgação, segue os conselhos que lhe foram dados, mas esquece do mais importante: o tempo passou e as pessoas não mais pensam da mesma forma. A parte da hipocrisia vem quando a mulher que diz gostar de tudo isso, se assusta com alguém assim. Chega a carcterizar o sujeito como louco. Todas essas qualidades agora viraram defeitos, tornaram-se os motivos principais pra que ela não consiga dar a oportunidade de se apaixonar, simplesmente por um sentimento de medo. É, os tempos mudaram, a maioria dos homens hoje em dia se porta como animais que agem por insinto, e infelizmente a maior parcela feminina se acostumou com isso, ao ponto de ser tão normal que virou bonito. Qual mulher, em uma roda só de amigas, nunca deboxou daquele menino estranho que mandou flores, sem mesmo conhecê-la? Qual mulher não se sentiu o máximo por ter acontecido isso com ela?

Na verdade, essas atitudes atingem somente o ego. Somente alimentam a necessidade natural delas da aprovação no círculo masculino. Faz com que elas se sintam ótimas, afinal, um homem se deu ao trabalho de enviar flores, bilhetes, recados, juras de amor e etc. Não existe um culpado nisso tudo. Tanto homens quanto mulheres desenvolveram essa nova conduta, que numa forma totalmente contraditória, nos diz que se você quer alguém, fique longe dela. Ora bolas, não seria o contrário? Enfim, o mundo se tornou mais frio, mais racional e menos sentimental. O lado emocional muitas vezes nos atrapalha em decisões, porém, é uma das únicas coisas que nos diferencia dos animais irracionais, animais esses que mantem relações simplesmente por instinto. E cá entre nós, vemos muitos desses animais andando por ai disfaçados de seres humanos. Hoje em dia parece que é assim: se você tá com vontade de conhecer alguém, ou se já tem sentimento pela pessoa, ao invés de demonstrar isso tem que deixar ela longe de você... o famoso "fazer sentir falta". Mas, se você não falar nada e nem for atrás da pessoa, como que ela vai ficar sabendo de seu interesse? É simples, né? Mas quase todo mundo insiste em complicar.



Pegue todo o conhecimento que tens sobre como conquistar uma mulher, guarde-o bem seguro (não jogue fora), e espere pra que um dia lhe seja útil. Não é errado ser à moda antiga, algumas delas até gostam mesmo, mas o que não sei ainda é onde encontrar um lugar onde eu possa deixar todo esse ritual à mostra, ao invés de esconder, pelo fato de hoje os tempos serem "diferentes". Sem perceber, as pessoas (homem e mulheres) ficaram frias, sem sentimentos, sem ideologias, sem sonhos. A mídia ajuda muito nisso, pois faz a analogia de uma pessoa fria e solitária à uma rocha dura e inquebrável. Aí eu te pergunto: o que é mais belo? Uma rocha sem graça, ou uma flor colorida? Essas "rochas humanas" na maior parte dos casos assim se portam talvez por duas coisas. Pelo medo de se envolver e pelo receio de se machucar. Pensando serem mais fortes, escolhem esse esteritípo para usar. Mas, analizando a fundo, uma pessoa com medo não seria uma pessoa fraca? O homem à moda antiga, por mais que tenha decepções, jamais vai deixar de ser assim, jamais fica com medo de uma nova batalha, por mais que tenha sido derrotado em outras passdas, iguais a essa "nova". Esse homem é o forte, é aquele que não tem medo do que pode acontecer, ele simplesmente quer conseguir conquistar a mulher e acabar com o sofrimento por estar longe dela.

Em todo lugar do mundo encontra-se situações iguais à essa, e por mais que digam o contrário, temos que aceitar que como o próprio nome diz, essa moda é antiga... e hoje, vivemos numa época nem mais moderna, já passamos para o contemporâneo, que nos traz mais distante ainda do antigo (ultrapassado).

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O vermelho ficou tão pesado quanto o laranja.

Vermelho ou laranja? Qual será o mais agradável? Vamos adotar uma velha teoria que sempre ajuda.

O laranja? Aah, o laranja! Esse sim é bom, agradável e satisfatório. Ele dificilmente reclama, sempre traz coisas novas e parece estar sempre em movimento e liberdade. É uma constante variável, inesperado, encantador. Cheio de adrenalina e aventuras. Chega a ser o ideal na maioria dos raciocínios, e é isso que faz dele tão belo e diferenciado das outras cores. É o ponto que se busca em vários momentos da vida. Quando pintado de laranja, certo alguém está na maioria das vezes a transmitir felicidade sem limites para conhecer o mundo. É uma sensação de leveza, que parece nos tornar tão vulneráveis ao caminho que o vento resolver levar. Quando alaranjado, nos sentimos tão bem que, por hora ou outra jamais queremos tentar outras cores. Na verdade, parece que todas as outras ficaram cinza e somente o laranja é que traz algo de diferente.

E o vermelho? Humm... esse também tem suas qualidades. Ele é forte como uma rocha, mas as vezes fica tão fraco quanto uma pena. Pra muitos é sinônimo de medo, de desespero, algo do qual fogem ou as vezes preferem esconder. O vermelho é determinado, intenso, tem garras pra ir à luta sem medo de morrer. Com toda a sua ideologia cheia de sonhos e sentimentos, é algo bonito de se ver... realmente encanta! Os avermelhados são sempre loucos. São capazes de fazer de tudo em busca de uma realização. Vão a fundo em suas teorias e lutam com força de convencimento à flor da pele, na tentativa de justificar tudo aquilo que vai contra a lógica. Ao mesmo tempo, enxergam todos os detalhes que passam despercebidos, e são completamente cegos. O vermelho é marcante. Uma vez usado jamais se esquece a sensação que se teve naquele momento em que, nada parece atrapalhar... e pra tudo se tem um motivo.



O vermelho faz parte do laranja, e vice e versa. Estão sempre juntos, cada um com sua particularidade. O bom mesmo seria poder se pintar metade de laranja e metade de vermelho. Mas, infelizmente um não consegue aturar certos desaforos do outro, e tentar essa combinação, muitas vezes pode ser fatal (pra um dos dois). Diariamente nos encontramos em vias de duas mãos, em bifurcações ou simplesmente dúvidas. Dúvidas essas que, não deveriam existir, já que temos nossa cor preferida. Porém, de uma coisa eu não tenho dúvida. Se usarmos a velha teoria da balança, o vermelho ficou tão pesado quanto o laranja.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

"Acho que estou apaixonado, mas fico nervoso em dizer."

Da forma mais clichê possível para descrever o que senti, foi amor à primeira vista. Cada detalhe de seu vestido caipira combina com todos os elementos físicos que seu corpo apresenta. Tudo ganha mais transparência com a força que o primeiro "I" (eu) suavemente sai de sua boca, me encantando sem pausa pelos próximos sete minutos e treze segundos. Abriu as portas para um novo momento, um novo ponto de observação... mostrando o misticismo das coisas mais banais que a natureza nos oferece. Quero me sentir sempre assim. Se o ciclo natural do dia acaba quando o Sol dá lugar à Lua, quero aqui ficar, deitado silenciosamente nessa nuvem que me carrega pela 'noite sem noite'... não sentirei saudades da estrela que dá vida à Terra tão cedo.

(link do vídeoclipe)

Husky Rescue - Nightless Night

Um hábito se inicia.

"under the spruce trees, in the silent woods"

Traduzindo: sob os abetos, nas árvores silenciosas. Foi o que bastou para o despertar de algo que por muito tempo permaneceu adormecido, mas tomou coragem para se expressar novamente. O trecho citado é uma letra de música, da banda Husky Rescue, de origem Finlandesa. A magia transmitida pelos sons tão gritantes, e tão silenciosos, que são emitidos pelos instrumentos musicais ao serem tocados por Marko Nyberg e cia, desde sua primeira aparição infiltraram-se em minha mente e de lá nunca mais sairam.


O obsucuro sempre me atraiu. De uma forma inexplicável, aos meus olhos, ele possue uma poesia profunda e rica, com segedos inalcançáveis pelo ângulo de visão de uma pessoa não romântica. Fora então, nos dias em que procurava um nome para meu futuro livro, que entendi todo o significado desta frase. Me apaixonei pelo emprego dado ao nome Abeto, uma simples espécie de planta que de forma mais leiga, não passa de um pinheiro de Natal.



Dizem que propaganda é a alma do negócio, e resolvi fazer um pré-marketing online do que pretendo em alguns meses transformar num livro. Não somente isso... ao longo dos textos que serão publicados aqui, entenderão o quão inquieta é a cabeça do San. As idéias estão sendo criadas e girando, em torno do nome popular das diversas espécies do gênero Abies (o Abeto). Se não fosse por Reeta Leena com sua voz de identidade ímpar, em conjunto com Marko Nyberg com seus arranjos totalmente originais, Santhiago Torralvo jamais estaria escrevendo isso. Uma identidade dos formadores de opinião devem aparecer mesmo que de forma subliminar, no nome dado à esta página. É sabido que na Finlandia se usa muito o trema nas palavras. Eis aí o porquê deste elemento empregado no nome äbeto.


O nome Abeto me chamou a atenção por ser uma árvore que não precisa da luz do Sol no seu desenvolvimento. Um elemento que foge um pouco das regras estabelecidas pela natureza. Eu nunca gostei de seguir regras, nunca as entendi. Preferi sempre viver no meu mundo, sonhando acordado até mesmo com so próximos minutos. E com isso, me identifiquei com essa árvore. A música passeia pelas minhas artérias, com uma proporção mais significativa do que os próprios glóbulos vermelhos. A madeira do Abeto é considerada uma das melhores matérias primas na produção de intrumentos de corda, como o Violino e Contra-baixo, por exemplo.

Não quero impor um rótulo no meu blog, não quero que ele siga regras nenhuma. Aqui serão expostas simplesmente idéias que vêm das vozes ocupantes da miha consciência, em relação à quaisquer assuntos. Não sou nem nunca fui escritor, um amante de literatura, um rato de bibliotéca ou coisa do tipo. Eu só preciso de um lugar onde eu possa gritar e libertar periódicamente esses pensamentos que ficam andando em círculos, e se chocando uns com os outros, tranformando minha mente em uma completa algazarra. Não espero que me compreendam ou que me ouçam (leiam). Apenas quero o meu canto particular, o meu espaço sem limites. Quero poder viver meu universo paralelo longe deste plano astral físico-palpável, que muitas vezes me parece sem sentido.



Só quero ficar um pouco ali... sob os abetos, nas árvores silenciosas.