quarta-feira, 13 de junho de 2012

Meu vício imortal.

Fato que cria pensamento, que desenvolve imaginação, e onde não deve, instala endereço fixo.
Fora do alcance e do conhecimento quando no passado, mas se torna presente até mesmo no futuro.
O coração palpita com mais força mesmo faltando-lhe informação dos olhos.

A verdade nem sempre é mais dolorosa.

Com as pernas paralisadas, mãos amarradas e boca que não tem voz.
Dentro de um labirinto manchado por dor, projetado pela paranoia, com promessa mentirosa de um fim.
Luta entre o cansaço e a insistência que confunde a interpretação do cérebro perante o que se é atirado.

A deficiência de pensamentos cria um novo mundo.

Um racicínio com provas que são queimadas quando apresentadas.
Injustiça no julgamento de quem pode falar mais alto, de quem escolhe o que é verdade.
Quando não há a possibilidade de tirar ou controlar, resta apenas o afinco na excelência de paciência.

O que é saudável pode adoecer num piscar de olhos.

Métodos e teorias aplaudidas que nunca conhecerão a prática.
Sente ferver e borbulhar mais uma vez o sangue que escorre da cicatriz que nunca se cura.

Um desejo constante de intensidade de dor que não caiba. Que não faça mais doer.

O que é branco por fora sempre foi negro por dentro.

Abrir os olhos pela manhã aumenta o desejo de morte.
Gerado pela apatia e expectativa, de uma história conhecida que merece um novo fim.
Propriedade adquirida anteriormente que assombra eternamente.

No espelho se vê a imagem do inimigo.

Visto por todos como quem suplica por atenção, como se houvesse necessidade de estar assim.
Visto por poucos como quem precisa de atenção, como se precisasse dividir o medo que é pesado demais para um corpo só.
Entendido por ninguém como realmente é, preso ao único personagem que sabe dominar a criatura: o criador.

Momento em que se percebe faltar munições.

Ter orgulho de ter visto que se viu.
Enxergar a realidade com olhos sem pálpebras.
Conseguir superar após sentir as dores... e não evitá-las.

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