quarta-feira, 7 de março de 2012

Mesmo ritmo.


Os olhares não seriam trocados sem o uso de um atalho.
Olhares que pedem para ser vistos novamente.
Olhares que pedem para serem ouvidos também.

Como de forma natural nota-se somente o fim do diálogo.
Chumbo trocado numa batalha onde as armas nunca param de disparar.
Ferimentos de bala que não causam dor. E pedem por mais um.

Observação secreta revelada com o fim da distância imaginária.
Vontade que se engana, mas não consegue transformar em verdade.
Transformar em verdade uma mentira não atraente.

Conclusões não tiradas, e sim impostas.
Conclusões erradas, sem propriedade.
Conclusões anteriores somente servem de base para as evidências.

Sensação conhecida ao longo da vida.
Sensação nova mesmo sendo velha.
Sensação velha mesmo sendo nova.

Entendimento do tema sem a troca de palavras.
Quando visto no espelho o nosso reflexo fica tão claro.
Espelho que esconde algo além de uma imagem.

Os minutos passam e se transformam em horas, dias, semanas.
Em dias onde se quer voltar um minuto, ou o quer na outra semana.
Com semanas que agrupam dias e minutos idênticos.


Tentativa de um texto sobre ela.
No qual me pego falando sobre mim.
Parando para observar nós dois.

Sintonia sem esforços, sem planos.
Fôlego para mais uma volta.
Ela tem o mesmo ritmo que o meu.

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